Se está numa fase em que olha para o espelho na hora da higiene matinal e só tem palavras para recriminar o que vê - este post pode ser para si (isto se apesar desse olhar impiedoso atual prefere voltar a olhar-se com boa disposição, aceitação e autovalidação ao longo do dia).
Talvez reconheça alguns destes exemplos:
Quero voltar para a cama... vou ter um dia tão chato...tão chato!... 😟
Ou... acha-se feia/o? Ou acha-se gorda/o. Ou a cor do cabelo está desmaiada e a das raízes ganhou vida?... A marcação da esteticista passou pelo intervalo da chuva e o espelho "fala" disso em voz alta? E procura mais rugas? E manchas? E sardas? E o nariz a precisar de um jeitinho? ...
E por aí fora... até a boa disposição ser completamente engolida. E o dia começar com "pé-coxinho"... ou com uma entorse...😔
Talvez que estes exemplos sejam mais "a praia" onde as mulheres navegam mais mal que os homens... que terão, também, outras "praias" para "navegar"... uma coisa parece certa: a percentagem de pessoas que não gosta de se ver ao espelho pela manhã será acima dos 92% e a percentagem de pessoas que nem sequer conseguem olhar para o espelho parece andar pelos 50%.
Porquê? A resposta parece estar no que para alguns leitores/as será uma surpresa: é que o espelho não devolve (só) a imagem física. Devolve, também, a outra. A que não se vê mas também faz parte de nós. A que vem quando nos olhamos e vemos ao espelho.
Ou seja, a imagem do espelho é a física, acrescida outra parte de nós que engloba crenças, diálogo interno, peso da sociedade, julgamentos, ansiedade, medos, incertezas,....
Tudo e toda a gente estão refletidos na nossa imagem, no espelho.
Louise Hay talvez tenha sido a pioneira a focar-se intensamente no trabalho com espelho. Mais recentemente Mel Robbins também aborda o assunto. Abordagens diferentes, que talvez possam ser complementares. Ou talvez não. A cada um compete fazer as escolhas certas, a cada momento, as que fazem sentido para si - por isso se diz que o melhor perfume é aquele de que gostamos mais. A ideia é a mesma.
Voltaremos a Louise, com quem aprendi muito (sou facilitadora do Método Heal Your Life).
Hoje vamos inspirar-nos em Mel Robbins com uma técnica simples, que pode ajudar a começar, progressivamente, o dia com maior leveza - se o compromisso diário for mantido pelo menos 5 dias, de forma convicta e intencional, como o faria com um amigo, ao selar um compromisso, por exemplo:
(Admito que lhe pareça estranho - a conversa é com o seu cérebro... ele vai perceber. 🙂)
De manhã, ao levantar, em frente do espelho:
Faça a pergunta: como posso ajudar-me hoje? Ou, se preferir, como posso ajudar hoje (o seu nome)?
Olhe para o espelho, faça o gesto de "high five" mais conhecido em português como "toca aqui" ou "dá cá mais cinco".
Continue a olhar para o espelho, dê atenção ao que sente, ao que pensa, ... ganhe consciência de si, para além do que os olhos vêm (dê-se tempo, calma...).Se tiver vontade de chorar, aceite, está tudo bem... liberte, não retraia.
Esse gesto de autovalidação vai impactar progressivamente e de forma positiva a sua vida, e o contexto onde se move - se estiver bem, será mais fácil o mundo também estar, certo?
Desafio para si:
Não fique apenas pela manhã, repita sempre que precisar de alento face a um desafio. Repita por rotina. Experimente!
Não tem espelho? Use a outra mão - ou parte do corpo a que atribua a mesma intenção de fazer o gesto "toca aqui", se não estiver disponível.
Esqueça o gesto frouxo! Ponha toda a intenção e convicção do que quer para o seu dia na forma como toca no espelho ou na outra mão.
"The last but not the least": a intenção é tudo - tenha-a "clara como água". Dê-lhe o tempo necessário para tal.
De forma simplificada e em jeito de conclusão: quanto mais associar o gesto e a intenção mais rápida será a conexão e a resposta pretendida.
(Sem tempo? Não tem uns segundos livres de manhã? De tarde? Ou à noite? Use-os para si!💝)
*Mel Robbins: autora de livros de desenvolvimento pessoal, traduzida em várias línguas.
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