Segundo o Relatório Mundial da Felicidade, e seguindo "O observador", os mais jovens parecem atravessar uma espécie de crise da meia idade antes do tempo... sentem-se infelizes. Sobretudo no Médio Oriente, Norte de África, Sul Asiático, Austrália, Nova Zelândia, nos Estados Unidos, Canadá e na Europa Ocidental.
Segundo o porta-voz americano de saúde pública, principalmente devido às redes sociais. Já o editor do Estudo pede uma "ação política imediata" face à infelicidade manifestada pelos jovens - a que a pandemia, as guerras e as crises climáticas também não serão indiferentes.
Ainda seguindo "O Observador, , que menciona por sua vez o The Guardian, um terço dos jovens deitam-se à meia noite durante a semana e no geral passam, em média, 5 horas por dia na net. No jornal inglês um médico mostra preocupação com o sono desregulado dos adolescentes...
Talvez se admire de saber que, ao contrário, a África Subsariana, a América Latina e o Sudeste Asiático e a Europa Central e de Leste "registam as melhores tendências de crescimento do bem-estar dos mais novos — com o leste e o centro europeu a registar o maior grau de satisfação mundial das pessoas na faixa dos 15 anos."
Pode ainda ler-se no artigo que os "países com piores índices de felicidade geral são o Líbano e o Afeganistão. Portugal ocupa o 46.º lugar nos índices de felicidade jovem e o 55º. no ranking de felicidade geral — um lugar acima do registo dos últimos anos. À frente ficam o Vietname, Filipinas e Coreia do Sul e a atrás Hungria, Paraguai e Tailândia.
Seguindo "O Observador " o estudo refere que "a felicidade na infância e na adolescência é um dos melhores indicadores para a satisfação na vida adulta" e ainda que o bem-estar juvenil está relacionado com "maiores rendimentos, inteligência, saúde e auto-estima". Por isso se alerta para "a importância dos anos da infância e da adolescência" considerados ", "janela de oportunidade única" para um impacto positivo na sociedade".
A " Finlândia lidera pelo 7.º ano consecutivo o ranking de felicidade global, seguindo-se a Dinamarca e a Islândia. Mas o primeiro lugar nos jovens vai para a Lituânia."
Alguns comentários à margem do adiantado da hora e do cansaço:
Há quem pareça reforçar o caminho certo.
Há quem perca o caminho certo.
Há quem talvez nunca chegue ao caminho certo.
Por isso
Aguardemos a abertura política da "janela de oportunidade única".
Aguardemos a abertura da "janela de oportunidade única" nas famílias.
Aguardemos a abertura da "janela de oportunidade única" nas escolas.
Porque
O Relatório mostra que o tempo de esperar sentado passou.
Porque o Relatório mostra que estivemos demasiado tempo sentados (e a assobiar para o lado).
Porque o Relatório mostra que fizemos/deixámos de fazer demasiadas coisas - e assim chegámos aqui.
Jovens infelizes dificilmente farão um mundo de adultos feliz.
Nota à margem: Há uma crise demográfica, não só em Portugal note-se. Diz quem a estuda que já está a ter impacto negativo e que este se vai intensificar - o que parece já agora nos parece evidente: já a vivemos e sentimos.
Deixo uma reflexão: os jovens são poucos, sabe-se. E no futuro a vão continuar a ser. Sabe-se. Poucos e infelizes... E ninguém reparou até agora??? São poucos mas suficientes para se dar por eles, não?😟
Não deveríamos ser capazes de devolver-lhes a felicidade perdida, fazendo disso uma prioridade ? Estados, famílias, escolas, empregadores, sociedade, ... assumindo conjuntamente este grande desafio das sociedades modernas? Porque é um dever nosso. Porque precisamos deles como de pão para a boca, como diz o povo: eles são (verdadeiramente!) o futuro. 🙂
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