Há quem confunda hipnose clínica com hipnose de palco. No alentejo há uma expressão que ganhou popularidade e que diz que "não se pode confundir o mercado comum com a feira das Galveias". Quando falamos de hipnose também convém clarificar do que falamos. Ainda hoje há quem ouça a palavra hipnose e remeta o conceito apenas para a hipnose de palco.
O que distingue, então, a hipnose de palco da hipnose clínica?
A principal diferença entre a hipnose de palco e a hipnose clínica está no objetivo e na forma. A hipnose de palco é geralmente realizada como entretenimento em espetáculos, em sala de espetáculos ou mesmo ao ar livre, onde o hipnotizador utiliza técnicas de sugestão para criar um espetáculo onde o público que assiste é chamado a participar e pode fazer habilidades inesperadas descontraidamente, como imitar vozes de animais, acreditar que é capaz de fazer habilidades inesperadas, ...
Por outro lado, a hipnose clínica é usada como uma ferramenta terapêutica para ajudar as pessoas a lidar com questões como ansiedade, perdas, medos, tiques, vícios, fobias e outros problemas de saúde mental, física, bem como com questões emocionais.
Ou seja, enquanto a hipnose de palco é voltada para o entretenimento, a hipnose clínica tem um foco terapêutico e é conduzida por profissionais de saúde mental qualificados (hipnoterapeutas).
Durante a hipnose clínica, os pacientes são guiados pelo terapeuta para um estado de relaxamento profundo, onde são mais receptivos a sugestões positivas e mudanças de comportamento.
Quais as vantagens no uso da hipnose clínica?
O uso da hipnose clínica tem sido cada vez mais reconhecido pela comunidade científica como uma ferramenta eficaz para complementar outros tratamentos - ou mesmo para ultrapassar questões específicas.
A transformação ocorre através da reprogramação das crenças e padrões mentais do paciente, promovendo mudanças positivas em sua vida.
A abordagem da hipnose clínica pode variar de acordo com as necessidades individuais de cada paciente, e é importante que seja realizada por um profissional qualificado e ético.
É essencial que o paciente esteja disposto a participar ativamente do processo terapêutico para obter os melhores resultados - nada pode ser feito sem o seu consentimento informado acerca do processo que vai trazer-lhe a transformação desejada.
Sou hipnoterapeuta por gosto, talvez porque desde sempre o cérebro me fascinou - e talvez, ainda, porque eu própria passei por uma situação de saúde que me comprometeu gravemente a memória.
Desde as práticas de treino entre colegas às sessões que já fiz posteriormente, passando pelos ensinamentos de grandes grandes nomes da hipnoterapia (psiquiatras incluídos) e por diversos estudos que comprovam a sua utilidade, parece poder concluir-se que é uma técnica de "banda larga", se a expressão me é permitida, dada a sua versatilidade e, por isso, abrangência de uso que se recomenda.
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