Quem nunca sentiu borboletas no estômago em época de exames? Se respondeu EU deixe-me admirar a sua serenidade e confiança. Todos os anos milhares de alunos, por esta altura, começam a sentir o peso da responsabilidade e com ele o fervilhar de alguma ansiedade.
Os alunos da secundária temem não ter as notas que garantam o acesso ao ensino superior. Os alunos do ensino superior sabem que cada reprovação os afasta dos objetivos que traçaram para a vida futura. Os pais de uns e de outros vivem a sua própria ansiedade e a dos filhos.
Nas escolas, professores e alunos preparam-se para a grande maratona dos exames - processo complexo e exigente para uns e outros, ainda que avaliadores e avaliados não o vivam da mesma forma, evidentemente.
O caminho esperado/desejado, para os alunos, será que uma gestão adequada da ansiedade natural, face à responsabilidade da tarefa, permita criar um fator de motivação que leve a cumprir "a missão exame" com sucesso.
Infelizmente essa ansiedade nem sempre se manifesta de forma tão saudável. Por características pessoais, faltas de hábitos e métodos de estudo, medo de falhar pela pressão (auto)imposta para o sucesso e assim se desapontando e desapontando outros, baixa autoestima, .... enfim, causas não faltam.
A temida ansiedade pode levar à igualmente temida "branca". Pode provocar aumento da tensão corporal, vómitos, desiquilíbrios alimentares (por falta ou excesso), diarreia, ataques de pânico, stress em geral, insónia ...
É preciso garantir descanso, sono regular, formas de relaxar, de forma a criar condições para evitar/gerir a ansiedade de forma saudável, manter a autoimagem e a autoestima em alta. É preciso adquirir técnicas que permitam que o cérebro descanse e se aproprie e arrume a informação entrada enquanto a cabeça esteve enterrada nos livros por longas horas (talvez demasiado tempo de seguida e sem a técnica adequada de suporte, podendo vir a condicionar o resultado final - apesar do esforço).
Existem terapias integrativas e complementares que podem ser uma resposta adequada para gerir ansiedade, stress,...Existe psicoterapia para quem o considere. E claro, existem as soluções farmacológicas. Qual a melhor solução? A escolha cabe a cada família, a cada aluno ou aluna envolvidos no processo, em função dos pressupostos que valorizar.
A tecnologia pode ser um excelente auxiliar de estudo, possibilitando suportes para além do tradicional papel, promovendo, diversificando e agilizando os processos de estudo - e não falo, claro, das redes sociais quando menciono tecnologia, como veremos de seguida.
Seguem alguns exemplos de apps para iOS e Android, com algumas funcionalidades indicadas. São gratuitas ou, também, com versões pagas:
Google Keep - notas, listas, gravações de voz.
Evernote - mais robusto que o anterior, permite formatar e partilhar nota, anexar arquivos.
Microsoft One Note - compartilha notas, imagens, vídeos.
Trello - organiza tarefas.
Forest - bloqueia outros aplicativos, por tempo determinado, permitindo aumentar a concentração no estudo.
Study Bunny - gamifica o estudo, criando um jogo.
Study Blue e Quizzlet - ambos permitem criar flash cards e quizzes para estudar.
Qual a melhor app e a mais adequada? Depende do estilo de aprendizagem de cada um.
É testar e escolher as que mais vão de encontro ao gosto e necessidade. E depois... ir em em frente com confiança e cabeço erguida!✌️
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